domingo, 6 de setembro de 2009

para quem quer saber mais sobre o coleégio naval, tá ai uma boa oportunidade

A necessidade de preparar jovens para a Marinha, antes mesmo do ingresso na Escola Naval, data do século XIX. Buscava-se, então, incutir o gosto pelo mar e pelas coisas marinheiras, além de proporcionar uma sólida formação intelectual, moral e militar-naval. Para tanto, até o Colégio Naval dos nossos dias, muitos passos foram dados.

Assim é que, pelo Decreto nº 4679, de 17 de janeiro de 1871, foi estabelecido no Arsenal de Marinha da Corte, no Rio de Janeiro, um Externato, que consistia de um curso de um ano, para o ensino das matérias preparatórias do curso da Escola de Marinha. Em seguida, pela Lei nº 2670, de 20 de outubro, foi autorizado à criação do Colégio Naval, efetivada pelo Decreto nº 6440, de 28 de dezembro de 1876, assinado pela Princesa Isabel, então ocupando a Regência do Trono.

Assim o novo Colégio previa três anos de curso preparatório, em caráter de internato, suprimindo-se o Externato de Marinha. Sua inauguração ocorreu em fevereiro de 1877, com 58 Alunos precedentes de 14 províncias, instalando-se em prédio do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro. Os docentes, escolhidos criteriosamente, eram oficiais que pertenciam ao Quadro do Magistério Naval.

Entretanto, a designação Colégio Naval teve breve existência. A elevada despesa que acarretava, o baixo índice de procura, a rígida rotina diária, que a muitos afugentava, conduziram a sua extinção. Desse modo, em 26 de junho de 1886, pelo Decreto nº 9611, reuniu-se em um só estabelecimento a Escola de Marinha e o Colégio Naval, sob a denominação de Escola Naval, onde se estabeleceram os seguintes cursos: o Curso Preparatório (três anos), o Curso Superior (três anos) e o Curso de Náutica (em duas séries, para civis).

Desaparecera o Colégio Naval, primeiro educandário militar de nível médio no Brasil, mas não morrera a idéia. No início do século XX, o General Honório de Souza Lima, ilustre filho de Angra dos Reis, usando seu prestígio junto ao Presidente Hermes da Fonseca, convenceu-o a aceitar a doação de extenso terreno que a Câmara de Vereadores de Angra dos Reis fazia à Marinha, destinada à edificação de uma escola militar.

Assim em 1911, teve início a obra que resultou no atual Colégio Naval, cujo, encarregado da empreitada foi o Capitão Rosalvo Mariano da Silva, idealizador do projeto arquitetônico. O local escolhido foi a Enseada da Tapera, logo denominada Enseada Batista das Neves, em Angra dos Reis. Em 1914, terminada a construção, tão imponente ficara o prédio que o então Ministro da Marinha, Almirante Alexandrino de Alencar, aproveitou para aí fixar a Escola Naval, onde funcionou até 1920. A partir desse ano, tendo a Escola Naval voltado ao Rio de Janeiro, passou a funcionar naquele local a Escola de Grumetes Almirante Batista das Neves, onde permaneceu até 1949.

Finalmente, a 25 de fevereiro de 1949, foi criado o atual Colégio Naval, instituição de ensino que tem como propósito preparar jovens para constituir o Corpo de Aspirantes da Escola Naval, onde é formada a oficialidade da Marinha do Brasil. O Aluno ingressa mediante concurso público e, no período que passa no Colégio, recebe os ensinamentos do Ensino de Segundo Grau, acrescidos de instrução militar-naval especializada, ministrados por seleto corpo de Professores e Oficiais. Alia-se a este aprendizado acadêmico e militar a intensa prática desportiva, que visa aprimorar a condição física dos Alunos.

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